sábado, 26 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
"Falo" do poeta
Cada qual com sua arte afeta:
O cárdio afere o marcapasso,
o músico a precisão do compasso.
Pelo que nenhum se furta ao papiro,
ao nankim e à pena do esteta magno:
Sua majestade o poeta!
O poeta, das letras é esteta,
da fecundação é gameta,
Da elegância, do garbo a Greta,
de Apolo é apologeta.
É para a humanidade,
como para o neném é o leite da teta,
Prá menina a boneca,
pro menino a...
Lamento
de um certo Jekyll
Me arguir:
Se pelo anverso me redimir em verso?
Não mais me acomodar às margens
Arrependido, fugidio, disperso... inerme
Me eximir:
Exumar meu lado obscuro, doloso... irascível!
Rotear os lados A/B de minha cíclica vida de vinil de vitrola
Colorizar minha longa curta película frame-a-frame, modo slide
Me conformar:
Ah! ah, minha versão simiesca do self!
Me violenta, me traveste em trapos...
Só me recomponho ao descer da noite... day-by-day
De um convívio side-by-side; com meu íntimo algoz:
Ele. Hyde.
Flor à Flor
Vejo a flor
viçosa
tenra flor
menina
beijo a flor
fogosa
sopro à flor
um beijo
quando viro
a esquina
Nutro a flor
com verso
canto a flor
em prosa
nino a flor
no berço
dou à flor
rebento
chamo a flor
de rosa
Rego a flor
com lua
visto-a, flor
vaidosa
rebola a flor
na rua
luz a flor
do dia
flor à flor
garbosa
(À Claudia, minha eterna flor)
viçosa
tenra flor
menina
beijo a flor
fogosa
sopro à flor
um beijo
quando viro
a esquina
Nutro a flor
com verso
canto a flor
em prosa
nino a flor
no berço
dou à flor
rebento
chamo a flor
de rosa
Rego a flor
com lua
visto-a, flor
vaidosa
rebola a flor
na rua
luz a flor
do dia
flor à flor
garbosa
(À Claudia, minha eterna flor)
Velas ao mar
Sou uma espécie de Adão.
Estive em terra firme enquanto amava Eva.
Mas Eva evadiu-se, evacuou-se, evaporou-se...
Me peguei rezando... credo!
Tipo genuflexo à la missa.
Saber onde há mar...
Sei como a maré, que amar é liberdade.
Assim empreendi viagem:
Mãos no timão — Cartas de navegação — As rotas...
Ao soprar do vento remador... velejar!
Aprendi com um mestre: Nemo, o capitão.
Senti o quanto a água é viva... sou alma marinha.
Repentina tormenta.
Por Netuno! — Pretensiosa deriva.
Recorri aos céus, ao velar — Iça!
— O brado — Clamor a deuses legendários...
Paira um espírito dentre a densa bruma.
Pânico: é a ordem do dia — O ente...
— O relicário! — Ordenei ao imediato:
— A imagem do santo!
Como por encanto, contra mim investe.
O que me remete às lendas de corsários,
de como eram assombrados os marujos...
— Homens ao mar! — Olho a boreste.
Evacuam a embarcação feito águas de lastro.
Um homem se precipita do mastro.
Por mil caramujos!
Ectoplasma gruda em suas peles, feito emplastro.
A nau... o silêncio...
Fui uma espécie de Adão.
Estive em terra firme enquanto amava Eva.
Mas Eva evadiu-se, evacuou-se, evaporou-se...
Assombrou-me. Desposou-me no além.
Deus, nível de prumo (rolo de papiro)
De Deus, Big Bang
do homem, Bang Bang
De Deus, santa pomba
do homem, nuclear bomba
De Deus, puro sangue
do homem, cabresto
De Deus, manga larga
do homem, mustang
De Deus o trigo
do homem o cesto
De Deus, a ajuda
do homem, o cedo madruga
De Deus, profusão
do homem, cisão
De Deus, arrebol
do homem, aerosol
De Deus a Amazonia
do homem a fotossíntese
De Deus o astro rei
do homem o tersol
De Deus o abstrato
do homem o “concreto”
De Deus, fogo
do homem, fátuo
De Deus, Pirineus
do homem, catarata
De Deus, fauna
do homem, jaula
De Deus, queda d’água
do homem, castata
De Deus, tempo
do homem, relógio
De Deus a esmola
do homem a palma
De Deus, campina
do homem, esquina
De Deus a provisão
do homem o prato
De Deus, pedra bruta
do homem, oficina
De Deus a criação
do homem o retrato
De Deus, onisciência
do homem, retina
De Deus o universo
do homem o vácuo
De Deus a mala
do homem a cuia
De Deus, via láctea
do homem, pedágio
De Deus, ébano
do homem, embúia
De Deus, velejar
do homem, naufrágio
De Deus, cacau
do homem, chocolate
De Deus o frio
do homem o cobertor
De Deus o broquel
do homem o ataque
do homem, Bang Bang
De Deus, santa pomba
do homem, nuclear bomba
De Deus, puro sangue
do homem, cabresto
De Deus, manga larga
do homem, mustang
De Deus o trigo
do homem o cesto
De Deus, a ajuda
do homem, o cedo madruga
De Deus, profusão
do homem, cisão
De Deus, arrebol
do homem, aerosol
De Deus a Amazonia
do homem a fotossíntese
De Deus o astro rei
do homem o tersol
De Deus o abstrato
do homem o “concreto”
De Deus, fogo
do homem, fátuo
De Deus, Pirineus
do homem, catarata
De Deus, fauna
do homem, jaula
De Deus, queda d’água
do homem, castata
De Deus, tempo
do homem, relógio
De Deus a esmola
do homem a palma
De Deus, campina
do homem, esquina
De Deus a provisão
do homem o prato
De Deus, pedra bruta
do homem, oficina
De Deus a criação
do homem o retrato
De Deus, onisciência
do homem, retina
De Deus o universo
do homem o vácuo
De Deus a mala
do homem a cuia
De Deus, via láctea
do homem, pedágio
De Deus, ébano
do homem, embúia
De Deus, velejar
do homem, naufrágio
De Deus, cacau
do homem, chocolate
De Deus o frio
do homem o cobertor
De Deus o broquel
do homem o ataque
do homem o queijo
De Deus a vitória
do homem o combate
De Deus a cruz
do homem o beijo
De Deus, tesouros da neve
do homem, trinta moedas
De Deus a legião
do homem o estandarte
De Deus, gravidade
do homem, paraquedas
De Deus a asa
do homem a nasa
De Deus, cúmulos
do homem, nimbus
De Deus o garbo
do homem a Greta
De Deus a aranha
do homem o herói
De Deus a face
do homem a careta
De Deus, unguentos
do homem, cictrizes
De Deus o céu
do homem a caixa preta
De Deus, naves
do homem, raízes
De Deus, sinfonia
do homem, retreta
De Deus, palavra
do homem, cordel
De Deus, comunhão
do homem, cramulhão
De Deus, Adão
do homem, Eva
De Deus, preservação
do homem, chacina
De Deus o santo
do homem o barro
De Deus a conceição
do homem o parto
De Deus a inteligência
do homem o cigarro
De Deus a cannabis
do homem a dosagem
De Deus, miocárdio
do homem, infarto
De Deus, revelação
do homem, visagem
De Deus a eufonia
do homem o blues
De Deus, luz da lua
do homem, lamparina
De Deus a redenção
do homem pela cruz
Feodum
Matai-me!
Numa sórdida manhã
— ainda nesta! — aprazível de outono,
em que a dor se furte à bucólica paisagem...
De tom anêmico
minha tez mistura-se à folhagem pálida
O vento calmo sopra minha chaga
semeia meus versos de pólen...
Transpassai-me com a flor-de-lis!
Tombarei com honradez
ao golpe de vossa espada
de cabo cravejado de rubis.
Ah, delírios lúgubres...
Negais-me água?!
Meus lábios de terra
drenam meu canto de fel
Benditos clérigos expurgados! — entoo em cantochão.
Vossas carpideiras beatificam-se aos risos
rameiras enegrecem-se em prantos
Ostentarieis escárnios, hilários bufões?!
Não vos basta ser vossa bastardia?! — rebento tardio?!
Vós que fostes acalentado no ventre, acalantado no seio...
Nobre abastado suserano!
Sois como o aço forjado a frio!
Estarei pronto...
Estou pronto!
Degustarei minha sina
como o sommelier ao bom vinho
Matai-me!
Rematai-me!
Repetidas vezes!
Se não me matais, mato-vos!
E não me canonizeis mártir, nem me perpetueis em hinos!
Queríeis-me em vida, em morte?!
No ordálio jaz a vossa sorte:
Jamais tingireis a terra com sangue de campesinos.
(Aos mártires desconhecidos.)
Não
psiquê agora!
certas minas laborais,
certo extrativismo de emoções, cognições, ideias, ideais...
Certos devaneios minam da mucosa,
se encubam no ventre desvalido do insipiente
que sofre sorrindo o visceral prurido
Certo muco, residual pútrido,
matéria jazida de vozes mentais,
senóides, silentes, espectrais...
Certos. Cônscios. Plausíveis — Acuimos sobre nós.
E na "sanificação" somos "sanificados"
em nome de "Suas Sanidades": os papas, bispos, apóstolos...
Certos umbigos... catatonia... nossos rostos refletidos...
espelhos d'água, d'alma.
certos impulsos, desejos de mergulhar...
Certa análise... solução!
Há? Quiça! Que seja!
"A Palavra": O maior poder adstringente!
Olha o passarinho!
Jornada
Ainda que pelos vales eu tenha que marchar
Sozinho pelas montanhas, sob a cintilante luz da lua
Nas noites vou recordar
Correndo pelas campinas, navegando no vasto mar
Voando no imenso céu, a esmo nas cordilheiras
Desertos atravessar
Sofrendo por estar longe da aldeia onde nasci
Da morena de mãos tão frias, de lábios incandescentes
Com cheiro flor de anis
Corri junto às margens dos rios de braços que cortam a flora
Da cachoeira ouvi o pranto e chorei junto com ela
Pelas águas que foram embora
Do leite no copo da flor tomei com canudo de palha
Morei em cabana de barro, conforto não tinha migalha
Comi mel de abelha no favo, ouvia o barulho da gralha
Me pus a cantar ao relento até o romper da aurora
Meus lábios se encheram de versos, cantei o amor na poesia
Ah! se ela me ouvisse agora!
Estrela de coração quente, já pus o pé na estrada
O afã...te ver radiante, viçosa...como a samambaia
Ora chego de hora distante, morena se enfeite. Me espere na raia.
Maria
só
Entrou no boteco
desfilando passos
No palco um Cartola
cantando partidos
Não fazia conta
noite, uma criança
Crédito no banco
carrão, vida a pampa
E samba nos pés
Batucou na mesa
dedilhou o pinho
Destilou cerveja
santificou vinho
Beliscou salames
queijos, azeitonas...
Beijou homens santos
loucos e infames
Chiques e cafonas
Lembro-me do canto
de Maria, a Zinha
De como brincava
Sem perder o tom
Quando amanheceu
a gata borralheira
refletiu no espelho
Quando o bar fechou
lembrou que era só
Maria só
Maria, a Zinha
sozinha na vida
Ela só!
Dinda,
donde nóis passemo...
Se o senhor não tá
lembrado
da tal casa...
a da rua... dos bobos
que de bobos não têm nada!
Dá licença! Eu vou contar:
Porque cremos até
no "rácio" do símio
Mas povo tem memória curta
quase sempre passional
Temos em mãos a história
que nos deixa mentir!
Proposições contingentes
da memória nacional
E para tanto me valho do verso,
me bastando um dedo de prosa
Inicio no modo prolixo,
adiciono um certo lirismo
Margarida não é rosa!
Exploro bem o terreiro
não desvio da vertente,
pulo para outro quintal
não me vejo displicente
É proposta do proponente
que se resgate a memória
que expira feito gente
nosso despojo perene:
(A película da nossa vida, o que levamos no final: nem dedos, anéis... e sim lembranças, são nosso Patrimônio imaterial)
Comecei falando de casas
hora falo de animais
seus homens de estimação
e de palácios
Tal qual tatú
raposa se entoca
Mutum se aninha longe de cobra
A planície é do guinú.
Da Alvorada... o revoar
dos que migram... imigram...
Direito de ir e vir
com boa classe e TAM depressa!
Às margens plácidas — o dignatário,
às sociais — o descabido;
Com clava forte — o refratário,
eternamente deitado — o desvalido.
Sob o céu da madre gentil
o clamor dos filhos deste solo.
Em explêndidos berços ao vento
crianças de colo.
Desfaça valer o ditado novo
de que pau que nasce torto,
na Granja padece
pelo povo
Na Granja,
chester bombado, assado;
Sob a ponte,
pombo caçado, mal grelhado.da tal casa...
a da rua... dos bobos
que de bobos não têm nada!
Dá licença! Eu vou contar:
Porque cremos até
no "rácio" do símio
Mas povo tem memória curta
quase sempre passional
Temos em mãos a história
que nos deixa mentir!
Proposições contingentes
da memória nacional
E para tanto me valho do verso,
me bastando um dedo de prosa
Inicio no modo prolixo,
adiciono um certo lirismo
Margarida não é rosa!
Exploro bem o terreiro
não desvio da vertente,
pulo para outro quintal
não me vejo displicente
É proposta do proponente
que se resgate a memória
que expira feito gente
nosso despojo perene:
(A película da nossa vida, o que levamos no final: nem dedos, anéis... e sim lembranças, são nosso Patrimônio imaterial)
Comecei falando de casas
hora falo de animais
seus homens de estimação
e de palácios
Tal qual tatú
raposa se entoca
Mutum se aninha longe de cobra
A planície é do guinú.
Da Alvorada... o revoar
dos que migram... imigram...
Direito de ir e vir
com boa classe e TAM depressa!
Às margens plácidas — o dignatário,
às sociais — o descabido;
Com clava forte — o refratário,
eternamente deitado — o desvalido.
Sob o céu da madre gentil
o clamor dos filhos deste solo.
Em explêndidos berços ao vento
crianças de colo.
Desfaça valer o ditado novo
de que pau que nasce torto,
na Granja padece
pelo povo
Na Granja,
chester bombado, assado;
Sob a ponte,
Somos reis?
Mas rei que não tem palácio
é feito águia sem asa,
índio sem maloca,
Iguaçu sem foz...
... I pra isquecê nóis cantemo assim:
Óh! musa da fiel balança
Desvenda-te!
Abrolhos!
Abre as asas sobre nós!
Fim.
Ele vem da espanha
Ó, borboleta amiga e confidente
Voa com a brisa e pousa nessa flor
Vou te mostrar meu coração
Desnudar meus segredos, meus motivos
Vivo e morro
Presa num jardim
Vivo de contos de castelos
Príncipes
Dragões
Duendes
Fada
Espada
Ilusões
Quimeras
Meu coração, meu calabouço
A torre, meu castigo
Volta amigo
Vem, defende
A honra do teu clã
No tardes caballero, Ven!
En allas del viento
Se hace larga la espera
Ven!
Voa com a brisa e pousa nessa flor
Vou te mostrar meu coração
Desnudar meus segredos, meus motivos
Vivo e morro
Presa num jardim
Vivo de contos de castelos
Príncipes
Dragões
Duendes
Fada
Espada
Ilusões
Quimeras
Meu coração, meu calabouço
A torre, meu castigo
Volta amigo
Vem, defende
A honra do teu clã
No tardes caballero, Ven!
En allas del viento
Se hace larga la espera
Ven!
Sensações fantasmas de vida amputada
Em tempos idos
Sou corpore
mens
sou Sana
in sano
Sou sapiens
vitae
sou animus
spiritu
Nestes, presentes
Fui pó
retrato
fui lenda
fogo-fátuo
Fui canção
abstrato
fui boato
quimera
Em outros, idos
apenas sou o que fui, o que era
Nestes, presentes
apenas fui o que sou, o que o é
Da vida restou o só... apenas...
sinto o que não sou. O que não mais serei.
Té entrei pro "Guinho"
Foi em reconhecimento
Ao recorde que eu bati
Ter pegado o pau-de-arara
Ter deixado o Cariri
Ai! meu "padim Padre Cirço"
Peço tua permissão
Pra poder cantar de galo
Tô em peregrinação
Sem achar lugar de prumo
Vou certeiro, Não resvalo
O cachimbo cai se eu "drumo"
Essa minha vida de cão!
Não conheço homem barbado
Que viveu o que eu passei
Minha história é verdadeira
Além da imaginação
Lampião ou Cabeleira
Mesmo Antonio Silvino
Ou Francisco de Assis
Cabra santo ou de capela
Calejaram os pés de calo
E nem mesmo São Genâro
Pulando de galho em galho
Foram a pé pra São Paulo
Passar tanta vexação
Té entrei pro "Guinho, livo dos récu"…
Dom
Franquia-me a lucidez da tua ótica
O presto sentido que denotas ao tópico
A precisão imprecisa do auto improviso
A forma como te moves do natal ao óbito
Explica!
Tens o dominio do sinóptico
Acuidade nos sentidos
Pele
Coses a pudicícia na trama da malícia
Com fita (mili)métrica cronológica, aferes
É possivel?
Revela!
Remendas o que é velho e o tornas belo
É vero?
Tratas com vapor o desalinho
Engomas o descomposto
Farrapos em tecido fino
Mágica?
Ilógica!
Espera!
...Voalá! (estampido/fumaça)
Água em vinho
Dom em obra antológica
Aplausos!
Renascimento!
Que se publique a verdade
Que se publique a verdade
via retórica
poesia
canção...
Que reverbere em hertz
ecoe inteligível
na freqüência do discurso
em veloz dicção
Quem calará a pena do destro escritor?
qual inquisidor
incinerará seus manuscritos?
Um velho bolchevique?
reles censor?
o nazifascismo?
Afinal, a voz dos mártires se fará ouvir novamente!
Cerne de apologistas
em tempo
eclodirá das cascas
casulos
Casta de artistas
marchará no front
abandonando feudos
templos obscuros
Então deixe-me ler
reler
ruminar
evocar
exumar
chamar ao ciso
Pois que
se o mal também é brasileiro
que começe por aqui o juízo!
Pedaços de trevas
Tente esconder a verdade, mascarar o fato, encobrir o jogo, exilar testemunhas, escamotear o pecado...
Tente esconder a verdade, mascarar o fato, encobrir o jogo, exilar testemunhas, escamotear o pecado...
É como
se depilar e não se coçar
como
roer as unhas, depois pintar
você
usa o banheiro e tenta espantar o cheiro
faz
amor escondido, reprimindo gemidos
É como comer e arrotar pra dentro
boca fechada, o cheiro sai pelo
nariz
e não se tapa boca e nariz por
muito tempo
Em seus desígnios a vida vira, se
revira
faz bastidores às avessas —
raios x, y
sons, ultra, aje, inter —
revela tons...
Pontual tomografia
O cheiro irradia a própria
hipocrisia
Se falo dormindo...
O colarinho branco também
encarde!
A falsa nobreza do conde
A podridão do clero, nem o diabo
esconde!
Tudo denuncia!
Trevas não são eternas
e o patente revela dos segredos a
latente distrofia
as noites não são eternas
Senão os homens ainda viveriam em
cavernas
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