Maria
só
Entrou no boteco
desfilando passos
No palco um Cartola
cantando partidos
Não fazia conta
noite, uma criança
Crédito no banco
carrão, vida a pampa
E samba nos pés
Batucou na mesa
dedilhou o pinho
Destilou cerveja
santificou vinho
Beliscou salames
queijos, azeitonas...
Beijou homens santos
loucos e infames
Chiques e cafonas
Lembro-me do canto
de Maria, a Zinha
De como brincava
Sem perder o tom
Quando amanheceu
a gata borralheira
refletiu no espelho
Quando o bar fechou
lembrou que era só
Maria só
Maria, a Zinha
sozinha na vida
Ela só!
Nenhum comentário:
Postar um comentário