sexta-feira, 25 de junho de 2010


Maria só


Entrou no boteco
desfilando passos
No palco um Cartola
cantando partidos

Não fazia conta
noite, uma criança
Crédito no banco
carrão, vida a pampa

E samba nos pés

Batucou na mesa
dedilhou o pinho
Destilou cerveja
santificou vinho

Beliscou salames
queijos, azeitonas...
Beijou homens santos
loucos e infames

Chiques e cafonas

Lembro-me do canto
de Maria, a Zinha
De como brincava
Sem perder o tom

Quando amanheceu
a gata borralheira
refletiu no espelho
Quando o bar fechou

lembrou que era só

Maria só
Maria, a Zinha
sozinha na vida
Ela só!

Nenhum comentário:

Postar um comentário