sexta-feira, 25 de junho de 2010


Pedaços de trevas
  
Tente esconder a verdade, mascarar o fato, encobrir o jogo, exilar testemunhas, escamotear o pecado...

É como se depilar e não se coçar
como roer as unhas, depois pintar
você usa o banheiro e tenta espantar o cheiro
faz amor escondido, reprimindo gemidos

É como comer e arrotar pra dentro
boca fechada, o cheiro sai pelo nariz
e não se tapa boca e nariz por muito tempo

Em seus desígnios a vida vira, se revira
faz bastidores às avessas raios x, y
sons, ultra, aje, inter revela tons...
Pontual tomografia

O cheiro irradia a própria hipocrisia

Se falo dormindo...

O colarinho branco também encarde!
A falsa nobreza do conde
A podridão do clero, nem o diabo esconde!

Tudo denuncia!
Trevas não são eternas
e o patente revela dos segredos a latente distrofia

Nada fica encoberto
as noites não são eternas
Senão os homens ainda viveriam em cavernas



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