Molhai por nós
Ai! Meu Deus!
Quisera fosse a gota d'água!
Prá esta sede seca, sol de insolaçãoEu saí de romaria
Vim sem graça
Já faz tempo que não chove no sertão
A seca começa na terra do coração
E vai saindo
Secando
Rachando
Cozinhando
A calmaria seca
Olho
Lábio
Tez da alma
Drena consciência de rios políticos
Conterrâneos do diabo
Do dinheiro
Recreia almas pelas dunas flácidas
De brumas áridas
Luares minguantes
Infâncias pálidas
A seca começa na terra do coração
E vai saindo
Vai secando
Vai rachando
Cozinhando
Até que a vida se evapore
E o derradeiro desejo clame:
Água!
Nenhum comentário:
Postar um comentário