Dinda,
donde nóis passemo...
Se o senhor não tá
lembrado
da tal casa...
a da rua... dos bobos
que de bobos não têm nada!
Dá licença! Eu vou contar:
Porque cremos até
no "rácio" do símio
Mas povo tem memória curta
quase sempre passional
Temos em mãos a história
que nos deixa mentir!
Proposições contingentes
da memória nacional
E para tanto me valho do verso,
me bastando um dedo de prosa
Inicio no modo prolixo,
adiciono um certo lirismo
Margarida não é rosa!
Exploro bem o terreiro
não desvio da vertente,
pulo para outro quintal
não me vejo displicente
É proposta do proponente
que se resgate a memória
que expira feito gente
nosso despojo perene:
(A película da nossa vida, o que levamos no final: nem dedos, anéis... e sim lembranças, são nosso Patrimônio imaterial)
Comecei falando de casas
hora falo de animais
seus homens de estimação
e de palácios
Tal qual tatú
raposa se entoca
Mutum se aninha longe de cobra
A planície é do guinú.
Da Alvorada... o revoar
dos que migram... imigram...
Direito de ir e vir
com boa classe e TAM depressa!
Às margens plácidas — o dignatário,
às sociais — o descabido;
Com clava forte — o refratário,
eternamente deitado — o desvalido.
Sob o céu da madre gentil
o clamor dos filhos deste solo.
Em explêndidos berços ao vento
crianças de colo.
Desfaça valer o ditado novo
de que pau que nasce torto,
na Granja padece
pelo povo
Na Granja,
chester bombado, assado;
Sob a ponte,
pombo caçado, mal grelhado.da tal casa...
a da rua... dos bobos
que de bobos não têm nada!
Dá licença! Eu vou contar:
Porque cremos até
no "rácio" do símio
Mas povo tem memória curta
quase sempre passional
Temos em mãos a história
que nos deixa mentir!
Proposições contingentes
da memória nacional
E para tanto me valho do verso,
me bastando um dedo de prosa
Inicio no modo prolixo,
adiciono um certo lirismo
Margarida não é rosa!
Exploro bem o terreiro
não desvio da vertente,
pulo para outro quintal
não me vejo displicente
É proposta do proponente
que se resgate a memória
que expira feito gente
nosso despojo perene:
(A película da nossa vida, o que levamos no final: nem dedos, anéis... e sim lembranças, são nosso Patrimônio imaterial)
Comecei falando de casas
hora falo de animais
seus homens de estimação
e de palácios
Tal qual tatú
raposa se entoca
Mutum se aninha longe de cobra
A planície é do guinú.
Da Alvorada... o revoar
dos que migram... imigram...
Direito de ir e vir
com boa classe e TAM depressa!
Às margens plácidas — o dignatário,
às sociais — o descabido;
Com clava forte — o refratário,
eternamente deitado — o desvalido.
Sob o céu da madre gentil
o clamor dos filhos deste solo.
Em explêndidos berços ao vento
crianças de colo.
Desfaça valer o ditado novo
de que pau que nasce torto,
na Granja padece
pelo povo
Na Granja,
chester bombado, assado;
Sob a ponte,
Somos reis?
Mas rei que não tem palácio
é feito águia sem asa,
índio sem maloca,
Iguaçu sem foz...
... I pra isquecê nóis cantemo assim:
Óh! musa da fiel balança
Desvenda-te!
Abrolhos!
Abre as asas sobre nós!
Fim.
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